DO FRACASSO AO CORREDOR ESTREITO NA TEORIA DE ACEMOGLU E ROBINSON: UMA ANÁLISE DA RENDA E DA DESIGUALDADE SOCIAL BRASILEIRA DE 1978 A 2014

  • ANDERSON BARBOSA PAZ UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Italo Fittipaldi UFPB
Palavras-chave: Brasil; Democracia; Desigualdade Social; Liberdade; Prosperidade

Resumo

As obras “Por que as nações fracassam?” (2012) e “O Corredor Estreito” (2019) dos economistas Daron Acemoglu e James Robinson apresentam a seguinte tese geral: a criação de instituições políticas e econômicas inclusivas abre espaço para a liberdade de ação dos indivíduos e cria um cenário propício para que o Estado e a sociedade adentrem um “corredor estreito” de prosperidade e liberdade. Apesar de investigar uma série de casos em diferentes momentos históricos, Acemoglu e Robinson não discutem o caso brasileiro no período da redemocratização. O presente artigo tem o seguinte problema: a abertura democrática brasileira, a partir da metade da década de 1980, representou uma passagem de um fracasso político e econômico do período militar para um corredor estreito de liberdade substantiva? Analisam-se indicadores de renda e desigualdade social através de metodologia descritiva entre os anos de 1978 e 2014 a partir de dados coletados no Ipeadata. E também se discute a relação entre ilusão fiscal e um modelo institucional extrativista. Conclui-se que o “corredor estreito” brasileiro criado após a democratização é caracterizado por um profundo fosso de desigualdade social, em que parte da responsabilidade é do modelo tributário nacional.

Biografia do Autor

Italo Fittipaldi, UFPB

Doutorado e mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com graduação em Economia pela Universidade Católica de Pernambuco. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professor efetivo do Departamento de Ciências Sociais da UFPB.

Publicado
2024-11-28
Seção
Artigos científicos