HOMO LITURGICUS:
UM MODELO NÃO REDUCIONISTA DE ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
Resumo
Este artigo trata da investigação filosófica acerca da natureza e essência do homem, uma vez que essa investigação é um pressuposto básico para qualquer outra reflexão filosófica. Para tanto, os modelos reducionistas de Antropologia filosófica defendidos, em geral, pela academia e pela igreja, segundo a tradição reformada são apresentados. Esta escolha se justifica pelo conflito criado entre a ciência, representada pelas universidades, e a fé, representada pela igreja, as quais se distinguem, principalmente, no pensar e no crer respectivamente. Outrossim, como alternativa não reducionista, propõe-se uma definição do homem segundo a Palavra-Revelada, que considera o centro real da existência humana e as relações centrais ordenadas por Deus na criação. Com isso, concluiu-se que a essência do ser humano e a sua orientação primordial em relação ao mundo ocorre primordialmente pelo coração (homo liturgicus), o qual pode ser conduzido por uma direção apóstata, devido aos efeitos do pecado, mas que, somente junto as relações centrais ordenadas por Deus, ele proporciona ao homem um autoconhecimento verdadeiro. Para tanto, este trabalho desenvolveu-se a partir de uma pesquisa pura e dedutiva, por meio de uma revisão bibliográfica sistemática de trabalhos publicados em revistas científicas e livros que tratam sobre o tema em questão.