O CRISTÃO E A ÉTICA
COTIDIANO DESAFIADOR E TENTADOR
Resumo
Ser ético não deveria ser uma obrigação ou uma exigência ao ser humano, mas uma conduta naturalmente praticada. Como o ser humano, naturalmente, tende a não agir eticamente, essa exigência passou para “normal” através de normas, assim, espera-se que o ser humano haja eticamente. Para isso, a sociedade, as culturas, as religiões e os governos se desdobram em criar regras com códigos de conduta ética para o bom convívio social e assim garantir o bem comum a todos. Essas regras podem ser uma exigência cultura de convívio pela conservação dos usos e costumes daquele coletivo, ou pode ser estabelecido como exigência para poder pertencer (de pertencimento) e permanecer no grupo, ou pode ser mediante normas e leis estabelecidas pelos governos que incluem regras, estabelecem punições para quem as descumprir, julgam os atos de desobediência e executam as punições previstas em tais regras. O que se espera do cristão é que tenha uma conduta ética sem ser necessário nenhuma dessas outras exigências. Se isso não estiver acontecendo é por que tem algo errado na sua autodenominação de cristão e na sua prática dita cristã. Talvez apenas diz ser cristão sem o ser de fato. Talvez seja cristão apenas na aparência (reputação) e não na essência (caráter). Ser cristão é ter uma conduta ética acima da média, acima da exigida normalmente por regras estabelecidas pelos homens. Ser cristão é algo difícil e desafiador, especialmente nos tempos (do fim) que estão vivendo. Todavia, o cristão não tem direito de reivindicar uma vida com conduta próxima ao que “todo mundo faz”. É condição que ele seja diferenciado se de fato é cristão. O nível de exigência é superior e não é aceito padrão abaixo deste. Não é sugestão, é condição. São essas e outras reflexões que se faz nesse artigo.